Pode parecer contraditório, mas para restaurar o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, em Santa Catarina, é preciso primeiro retirar algumas árvores conhecidas como pinus. É que a espécie Pinus elliottii é uma invasora, originária do Hemisfério Norte, que se espalha e cresce rapidamente, prejudicando a mata nativa e contribuindo com a incidência de incêndios.
Os pinus estão sendo retirados da região da Baixada do Maciambú, no município de Palhoça, com ajuda de voluntários e de uma empresa privada. Os trabalhos começaram no dia 13 de outubro e o manejo deve durar duas semanas. A ideia, depois, é fazer o mesmo trabalho em outras partes do Parque.
O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro tem 87 mil hectares (1% do território catarinense) e estima-se que mais de 10 mil hectares precisam de manejo de pinus. Essa é uma das 99 espécies exóticas invasoras mapeadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina e se espalhou devido a uma política pública dos anos 1960 que buscava aumentar a área verde e garantir a fixação das dunas. Porém, os prejuízos superaram os supostos benefícios devido à alta proliferação da espécie e sua capacidade de destruir o restante da mata.
Para ter uma ideia, cada semente de pinus pode viajar até 60 quilômetros antes de se fixar no solo. O pinus faz sombra e consome muita água, com isso acaba dominando o ambiente e deixando a mata nativa sem boas condições de desenvolvimento. Além disso, é altamente comburente e facilita a ampliação do fogo em casos de incêndio.
A retirada dos pinus faz parte do preparo da área que receberá as mudas doadas pela Cottonbaby com base na venda da Haste Eco. Faça a sua parte! Adquira esse produto e ajude a restaurar o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro!
Com informações do Correio SC.